sábado, 1 de junho de 2013

TEXTOS USADOS NO PROGRAMA CONEXÃO FRANCISCANA NA www.webradiocapuchinhos.com NO DIA 29/05 QUARTA FEIRA ÀS 20:30 HORAS.

REFLEXÃO INICIAL SOBRE A TRINDADE

Os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante dele. Ainda assim, alguns duvidaram. Então Jesus se aproximou, e falou: "Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo."

O que nos revela este texto bíblico de Deus Trino?
Para buscar a resposta, caminhemos, com nossa imaginação, junto com os discípulos para Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado.
Mateus começa seu evangelho, situando a missão de Jesus na Galiléia (Mt 4,12-17), cidade pobre, para onde, ao concluir o evangelho, os discípulos se dirigem. Desta maneira, diz que a missão da Igreja se enraíza na mesma corrente da missão de Jesus.
Os discípulos, ao verem Jesus, se ajoelham, reconhecem-no como o Senhor Ressuscitado. Esse gesto de adoração é um ato de fé. Entretanto, havia, entre eles, alguns que duvidavam.
É formidável o realismo de Mateus, ao fazer coexistir diante da mesma manifestação de Jesus, alguns que o adoram, e outros que duvidam. Podemos reconhecer nessa pequena comunidade, a nossa Igreja onde convivem luzes e sombras.
Mais ainda, podemos nos reconhecer cada um/a de nós, que experimentamos diante da manifestação de Deus essa divisão dentro de nós: "aqui está o Senhor, adoro-o", e outra parte que diz: "mas será assim?.., será Ele?..., por quê..?".
Adorar o Senhor é uma graça, é resposta ao dom de Sua presença, que nos cativa e surpreende.  Por isso peçamos ao Senhor que nos conceda esse presente que nos coloca de joelhos diante dele!
Desta maneira, apresenta-nos a Igreja como discípula. Estão todos aos pés de Jesus, esperando ansiosamente que seu Mestre lhes fale.
Preparemos também nós, nossos corações para acolher as palavras do Senhor que ecoam até hoje. Nelas estão condensadas o mandato missionário da Igreja de todos os tempos: "vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês".
Agora este envio de Jesus está precedido e concluído por duas orações muito importantes que vamos a refletir a seguir.
As primeiras palavras de Jesus à sua comunidade que está em torno dele: "Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra". Pela mesma autoridade que ele recebeu do Pai, ele autoriza aos seus seguidores a ir pelo mundo inteiro a continuar sua missão.
E como se fosse pouca essa autoridade para levar adiante o projeto encomendado, Jesus promete estar sempre com os seus: "Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo".
O Ressuscitado é o Emanuel, o Deus conosco! E sua presença em nossa história, em nosso mundo está garantida para sempre, porque sua promessa não só chega até nós, senão que se estende até o final dos tempos.
As palavras "todos os dias", nos comunicam a certeza de que em cada momento, que vivemos, agora mesmo, o Senhor está conosco! Peçamos ao Espírito Santo que nos abra os olhos para reconhecer, no hoje de nossa vida a presença do Emanuel.
O mandato missionário de Jesus a sua Igreja nos revela o coração da Trindade. O desejo de Deus é que a humanidade participe de sua vida de comunhão para a qual fomos criados.
Pelo batismo somos mergulhados na Trindade e ela coloca sua morada em cada cristão/cristã, e começamos a formar parte do povo congregado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
O teólogo grego João Damasceno usa uma metáfora muito simples para explicar a comunhão e o movimento de Amor da Trindade, a dança de roda! Essa dança tem uma característica especial: as pessoas divinas se movem de tal forma que há sempre uma no centro e duas ao seu redor.
No entanto, não se trata de uma dança fechada, senão criativamente aberta. Desse movimento de amor surge a criação do universo, da humanidade, de tal forma que o centro da roda passou a ser "ocupado" pela criação, pelo ser humano, a ponto de Santo Irineu dizer: "A glória de Deus é o ser humano vivo", acrescentando que "a glória do ser humano é a visão de Deus", ou seja, participar dessa dança, já agora nesta terra, para logo vivê-la plenamente na eternidade.
Assim, a missão da Igreja, que tem como centro o ser humano, se coloca a serviço, especialmente daqueles que mais precisam da centralidade e da atenção: os pobres, os que sofrem, as pessoas portadoras de deficiência, como nos fazia lembrar a CF deste ano.
Para quê? Para que todos/as vivamos a felicidade e a liberdade de ser parte desta roda de Amor, agora e sempre.


TEMA FRANCISCANO

José Lisboa Moreira de OliveiraFilósofo. Doutor em teologia. Ex-assessor do Setor Vocações e Ministérios/CNBB. Ex-Presidente do Inst. de Past. Vocacional. É gestor e professor do Centro de Reflexão sobre Ética e Antropologia da Religião (CREAR) da Universidade Católica de Brasília
Corpus Christi: Momento para repensar o mistério da Eucaristia

Na próxima quinta-feira, dia 7 de junho, a Igreja Católica celebrará a solenidade de Corpus Christi. Creio que tal celebração deveria ser revertida num momento para se repensar com toda seriedade possível o mistério da Eucaristia. Deveríamos sair das pompas, ostentações e luxo e nos voltarmos para o silêncio contemplativo e reflexivo.
O primeiro momento deste processo reflexivo deveria ser um repensar a própria solenidade de Corpus Christi. Sabemos que esta festa surgiu no auge de uma violenta crise pela qual passava a Igreja Católica. A liturgia havia se sofisticado e se distanciado do povo. Era celebrada em latim, língua não mais falada pelas comunidades. Além de serem celebradas numa língua incompreensível, as liturgias eram pomposas, luxuosas, uma verdadeira afronta aos pobres. Tinham se tornado uma coisa para o clero, pois o povo fora reduzido a mudo espectador. Neste contexto corria solta a simonia: a celebração dos sacramentos, especialmente da Eucaristia, dependia de muito dinheiro. Assim, por exemplo, o preço da missa dependia do modo como o padre erguia a hóstia consagrada durante a anamnesis, chamada de "consagração”, e considerada o momento mais importante da missa. Quanto mais alta a elevação, mais cara era a missa.
Por essa e outras razões a liturgia ficou reduzida a mero devocionalismo. As pessoas não mais participavam da Eucaristia e a tinham apenas como simples devoção. Iam às igrejas para adorar o Santíssimo Sacramento e não para participar da Ceia do Senhor. A situação ficou tão grave que a própria hierarquia determinou que se comungasse pelo menos uma vez por ano, durante o período da Páscoa. Foi neste contexto que o papa Urbano IV, em 1264, fixou a solenidade de Corpus Christi: uma festa para adorar pública e pomposamente a hóstia consagrada. Portanto, a festa de Corpus Christi, como veremos a seguir, é um desvirtuamento radical do significado litúrgico do mistério do Corpo e do Sangue do Senhor. Ou, se preferirmos, uma traição do pedido do Mestre: "Tomai e comei, tomai e bebei”.
Considero a festa de Corpus Christi, na forma como ainda é celebrada atualmente, um desvirtuamento litúrgico e uma traição do mandato de Cristo por várias razões. Antes de tudo porque Jesus não deixou dito que ele queria ser adorado pomposamente num ostensório luxuoso nas igrejas e pelas vias públicas de uma cidade. Colocar a Eucaristia, sacramento do simples e pobre pedaço de pão, num ostensório de ouro é, recordando São João Crisóstomo, ofender aquele que não tinha onde reclinar a cabeça.
Em segundo lugar porque o cerne da Eucaristia está não na adoração, mas na refeição, na comida, na ceia. Ou, se quisermos, o modo correto de adorar a Eucaristia é participar da ceia, é comer do pão e beber do cálice. De fato, Jesus não disse "tomem e adorem, mas tomem e comam, tomem e bebam”. A adoração eucarística surgiu por meio do costume de se levar um pedaço do pão eucarístico para os doentes impedidos de participar da celebração litúrgica dominical. E como se acreditava que aquele pedaço de pão era o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, enquanto ele não era levado e consumido pelo doente, era adorado como sacramento da real presença de Cristo no meio da comunidade cristã.
O hábito de consagrar hóstias apenas para trancá-las num "cofre dourado” e ser adorado pelas pessoas é um costume que nasce no contexto de crise antes mencionado, quando se havia perdido por completo a noção do mistério eucarístico. Portanto, é algo que destoa do significado da Eucaristia para a comunidade cristã. As normas para o culto à Eucaristia fora da missa, emanadas pelo próprio Vaticano, são muito claras a este respeito. Chegam inclusive a dizer que se deve evitar neste culto tudo aquilo que possa tirar da Eucaristia a sua natureza de alimento, de comida, de refeição. Por rigor de lógica as espécies eucarísticas, quando colocadas para a veneração dos fiéis, deveriam ser postas em pratos de comida e não em ostensórios luxuosos. Porém, as próprias autoridades eclesiásticas são as primeiras a não obedecer aquilo que escrevem para os outros.
Em consonância com o que acabou de ser dito, a festa de Corpus Christi deveria ser uma oportunidade para uma profunda catequese sobre o que é, de fato, a Eucaristia. Infelizmente a crise antes mencionada levou a se pensar na Eucaristia como o sacramento da "carne” do homem histórico Jesus de Nazaré. Assim a concepção comum presente na mente de bispos, padres e fiéis é que os termos "carne”, "corpo”, "sangue” se refiram exclusivamente ao corpo biológico de Jesus. A Eucaristia seria a transformação de algumas hóstias e de um pouco de vinho num amontoado de células e moléculas do corpo físico do Jesus histórico que viveu na Palestina há dois mil anos.
Porém, quando nos voltamos para os textos bíblicos não é essa a compreensão que temos. O termo "corpo” (em hebraico "basar” e em grego "soma”) não significa apenas o aspecto biológico, mas a pessoa inteira na sua condição de corporalidade. Trata-se da pessoa na sua totalidade revelada em sua forma visível e em comunicação com os outros. Jesus, segundo Marcos (14,22-24), o mais antigo dos evangelhos, ao dizer na última ceia "éstin tò somá mon” ("isto é o meu corpo”) e "éstin tò haîmá mon” ("isto é o meu sangue”), não está se referindo apenas ao seu corpo biológico, às células do seu corpo físico, mas à totalidade da sua pessoa de Filho de Deus encarnado. E quando convida os discípulos a comerem do seu "corpo” e a beberem do seu "sangue” Jesus não está pensando num ritual antropofágico ou canibal, mas num gesto de comunhão e de adesão plena à sua pessoa.
O biblista italiano Settimio Cipriani, que estudou profundamente esta questão, afirma que as palavras de Jesus poderiam ser traduzidas da seguinte maneira: "O que estou fazendo (partindo o pão e distribuindo-o) significa a oferta da minha pessoa por vocês”. De fato, nas culturas antigas, especialmente na cultura judaica, o ato de comer e de comer juntos não tem apenas o significado biológico de ingerir substâncias para saciar a fome e manter-se vivo. Comer e comer juntos tem um significado simbólico, sacramental: significa que os comensais participam da mesma sorte, estão unidos pelo mesmo destino, estão em comunhão entre si. Assim sendo, a participação na Eucaristia, na Ceia do Senhor, é um gesto sacramental através do qual o cristão e a cristã manifestam a sua adesão total à pessoa de Jesus e se dispõem a participar da mesma sorte do Mestre. Portanto, reduzir a Eucaristia a um significado meramente biológico, a um pedaço da carne biológica de Cristo (como se tem feito em alguns casos de supostos milagres eucarísticos) é desvirtuá-la completamente do seu verdadeiro significado sacramental.
Isso pode ser confirmado pelo texto eucarístico do Evangelho de João (6,51-56). Mesmo não narrando a instituição da Eucaristia, João apresenta Jesus convidando seus ouvintes a comerem a sua carne e a beberem o seu sangue. Sabemos que na Bíblia o termo "carne” (em hebraico "basar” e em grego "sárx”) não significa apenas o elemento físico, biológico, mas a pessoa humana, na sua totalidade, existindo como ser frágil e mortal. É o ser humano total na sua condição de caducidade. Por sua vez o "sangue” (em hebraico "dam” e em grego "haîma”) não significa apenas o líquido vermelho que escorre nas veias do ser humano, mas a sua vida, o seu existir pleno. O convite de Jesus feito a seus ouvintes significa um convite a entrar em plena sintonia com a sua pessoa e o seu projeto de vida. Participar da Eucaristia é aderir ao mistério do Filho de Deus que "se fez carne” (Jo 1,14), ou seja, que abriu mão da sua condição divina para viver entre nós como "simples homem” (Fl 2,7-8). Participar da Eucaristia não é participar de um rito antropofágico, no qual se come um pedaço da carne biológica do Jesus histórico, mas comungar da sua fragilidade, da sua fraqueza, da sua encarnação. Se entendêssemos isso causaríamos uma verdadeira revolução no cristianismo e contribuiríamos para o advento de uma nova humanidade.
Por fim, a festa de Corpus Christi deveria ser um momento para se pensar numa solução definitiva para o problema daquelas milhares de comunidades cristãs espalhadas pelo mundo e que são privadas da celebração eucarística dominical, por falta de um ministro ordenado que a presida. Se a Eucaristia é o centro e o cerne da vida cristã, deixar uma comunidade sem celebração eucarística dominical é impedi-la de viver a sua verdadeira identidade. Soluções já existem como já tive oportunidade de mostrar, mas a hierarquia resiste e não quer adotá-las. Se a hierarquia não resolve, cabe às comunidades cristãs abandonadas encontrarem uma solução. E Tertuliano, um escritor cristão do final do II e início do III século, propôs uma solução muito simples. Mesmo reconhecendo que em circunstância normais cabe ao bispo e seu conselho presbiteral presidir a Eucaristia, Tertuliano afirmava: "Onde não há um colégio de ministros inseridos, tu, leigo, deves celebrar a Eucaristia e batizar; tu és, então, o teu próprio sacerdote, pois, onde dois ou três estão reunidos, aí está a Igreja, mesmo que os três sejam leigos”. 
[Autor de Antropologia da formação inicial do presbítero, pela Editora Loyola].



segunda-feira, 15 de abril de 2013

CURIOSIDADE: COMO FOI CRIADA A RAÇA PITBULL?


Pit Bull é a abreviação do nome da raça de cachorros American Pit Bull Terrier e suas derivações. Essa raça foi desenvolvida no início do século XIX, na Europa.
O primeiro exemplar de PitBull surgiu do cruzamento do antigo Bulldog Inglês com o extinto Terrier Inglês. Depois de seu surgimento, a raça foi levada para os Estados Unidos, onde continuou a se desenvolver...
CONTINUE LENDO CLICANDO AQUI: http://freijonas.blogspot.com.br/p/curiosidades.html

sábado, 30 de março de 2013

SEM OLHAR PRA TRÁS


Frei Jonas  Dias,OFMCap

Assumir a cruz de Jesus e ser capaz de caminhar com as próprias penas, sem titubiar no caminho, mantendo no rosto um belo no sorriso e as mãos abertas para acolher, eis a tarefa.
Se o caminho fosse só o caminho, seria muito mais fácil; mas acredito que neste caso não seria caminho; seria qualquer coisa, menos caminho.
quando você pensa na palavra caminho, na mesma hora vem a tua mente uma imagem de uma estrada, vem tambem a imagem de flores vivas  e flores murchas vem também a imagem de pedras à beira do caminho, enfeitando, e pedras colocadas no meio da viela, como se fosse proposital, vem à mente também sol brilhando entre as nuvens e uma rajada gostosa de vento, mas também um sol quente de 40º e uma rajada de vento que enche teus olhos de poeira, você vê animais pastando no caminho aliviando o caminhar, mas encontra também feras prontas pra te devorar; vê também o claro da lua e estrelas e o canto dos animais à noite, mas vê também uma lua cheia apavorante, sombras que se movem e uivos ensurdecedor e pavorozo.
Tanta coisa no caminho, tanto caminho com tanta coisa. Que coisa é este caminho? Ou seria melhor dizer que caminho coisa.

Coisificar é muito comum à nós; tudo o que foge à nossa capacidade de abraçar com o intelecto, na maioria das vezes coisificamos, ou seja, damos uma definição indefinida a este objeto ou seja lá o que for.
O importante é que sendo coisa, foi criado.
E por mais que nos assuste a coisa - caminho é obra das mãos de Deus. E a metade de tudo o que nele aparece são reflexos das nossas aspirações e dos nossos desejos. 
O caminho é dom de Deus, os apetrechos que contém o caminho, aparecem não como passe de mágica, mas a partir de uma exclusivização do que somos em detrimento do que não queremos ser.
Somos a nossa cruz, somos o nosso assumir, somos o que podemos ser e não o que queremos ser.
Quando abraçarmos a nossa cruz, assim como Jesus o fez, automaticamente as coisas terão nome e terão identidade; ao passo que eu passo a ter identidade, mesmo ante um mundo coisificado, que coisifica o ser humano.

A cruz é a certeza da luz sobre  as trevas, da verdade sobre a mentira, alegria sobre a dor, da vida sobre a morte, do eu sobre o tu.
Que não seja em vão, a cruz fincada no solo, porque no ombros de Jesus, era o seu galardão, fincada no chão é o motivo da nossa felicidade. Nossos ombros de Jesus, está ela como o pano de fundo de uma entrega divno-humano, fincado em nosso chão, ela se faz trilha da nossa vida, estandarte da nossa vitória, máxima riqueza, alegria júbilo.
Abraçemos a cruz, adoremos a cruz, beijemos a cruz...
E no caminho tenhamos a cruz como o grande marco de um amor que nunca se acabará, mesmo quando a dor nos fizer calar o pensar....
MEDITEMOS A CRUZ DE JESUS NO NOSSO CAMINHO. E NOS ALEGREMOS COM A SUA PÁSCOA.

CRISTO RESSUSCITOU!!!!

(Para os meus amigos do EMM, que Deus os abençoe sempre e os ensine a cada dia a entender o valor da cruz)
*Perdoem os erros.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

MUSICOTERAPIA - Eu amo demais!!!



 
A musicoterapia é uma forma de tratamento que utiliza a música para ajudar no tratamento de problemas, tanto de ordem física quanto de ordem emocional ou mental. A musicoterapia como disciplina teve início no século 20, após as duas guerras mundiais, quando músicos amadores e profissionais passaram a tocar nos hospitais de vários países da Europa e Estados Unidos, para os soldados veteranos. Logo os médicos e enfermeiros puderam notar melhoras no bem-estar dos pacientes.

 
De lá para cá, a música vem sendo cada vez mais incorporada às práticas alternativas e terapêuticas. Em 1972, foi criado o primeiro curso de graduação no Conservatório Brasileiro de Música, do Rio de Janeiro. Hoje, no mundo, existem mais de 127 cursos, que vão da graduação ao doutorado.

Como atua o musicoterapeuta?
O musicoterapeuta pode utilizar apenas um som, recorrer a apenas um ritmo, escolher uma música conhecida e até mesmo fazer com que o paciente a crie sua própria música. Tudo depende da disponibilidade e da vontade do paciente e dos objetivos do musicoterapeuta. A música ajuda porque é um elemento com que todo mundo tem contato. Através dos tempos, cada um de nós já teve, e ainda tem, a música em sua vida.

A música trabalha os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando a "afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão interno. A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. A força organizadora do ritmo provoca respostas motoras, que, através da pulsação dá suporte para a improvisação de movimentos, para a expressão corporal.

O profissional é preparado para atuar na área terapêutica, tendo a música como matéria-prima de seu trabalho. São oferecidos ao aluno conhecimentos musicais específicos, voltados para a aplicação terapêutica, e conhecimentos de áreas da saúde e das ciências humanas. São oferecidas também vivências na área de sensibilização, em relação aos efeitos do som e da música no próprio corpo.

 
 
Indicações da musicoterapia
Sendo inerente ao ser humano, a música é capaz de estimular e despertar emoções, reações, sensações e sentimentos. Qualquer pessoa é susceptível de ser tratada com musicoterapia. Ela tanto pode ajudar crianças com deficiência mental, quanto pacientes com problemas motores, aqueles que tenham tido derrame, os portadores de doenças mentais, como o psicótico, ou ainda pessoas com depressão, estressadas ou tensas. Tem servido também para cuidar de aidéticos e indivíduos com câncer. Não há restrição de idade: desde bebês com menos de um ano até pessoas bem idosas, todos podem ser beneficiados.

Particularmente são indicados no autismo e na esquizofrenia, onde a musicoterapia pode ser a primeira técnica de aproximação. A musicoterapia é aplicável ainda em outras situações clínicas, pois atua fundamentalmente como técnica psicológica, ou seja, reside na modificação dos problemas emocionais, atitudes, energia dinâmica psíquica, que será o esforço para modificar qualquer patologia física ou psíquica. Pode ser também coadjuvante de outras técnicas terapêuticas, abrindo canais de comunicação para que estas possam atuar eficazmente.

Que música é a mais indicada?
Músicas com ritmo muito marcante, não servem para o relaxamento, como por exemplo, o rock. O ritmo do rock é constante, ao passo que no relaxamento, a tendência é diminuir o pulso e o ritmo da respiração. Cada ritmo musical produz um trabalho e um resultado diferente no corpo. Assim há músicas que provocam nostalgia, outras alegria, outras, tristeza, outras melancolia, etc.

 
 
Alguns tipos de música podem servir de guia para as necessidades de cada pessoa. Bach, por exemplo, pode ajudar muito no aprendizado e na memória, Rossini, com Guilherme Tell e Wagner, com as Walkirias, ajudam especialmente no tratamento de pacientes com depressão. As valsas de Strauss podem contribuir e muito, para os momentos em que se necessita um maior relaxamento, estando bem indicadas para salas de parto. As marchas são um tipo de música que transmite energia, tão importante e escassa em áreas hospitalares de pacientes em convalescença.

Um bom exemplo disso tem sido o uso da musicoterapia, no auxílio do tratamento da doença de Alzheimer. Doença de caráter progressivo e degenerativo tem, entre seus primeiros sinais, o esquecimento, a dificuldade de estabelecer diálogos, as mudanças de atitude e a diminuição da concentração e da atenção. A musicoterapia ajuda a estimular a memória, a atenção e a concentração, o contato com a realidade e o esforço da identidade. Trabalha-se ainda a estimulação sensorial, a auto-estima e a expressão dos sentimentos e emoções.
 

 
A melhor ajuda que o tratamento dos pacientes, utilizando a música, pode proporcionar, é que ela, como terapia, torna os obstáculos da doença mais amenos e mais fáceis de serem ultrapassados.
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